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19/10/2010

A Gruta dos Amores

Era no tempo dos Tamoios que Itanhantã ia em sua ubá pescar e caçar na Ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara. Depois, ele sempre repousava na sombra acolhedora de uma gruta.
Uma indiazinha, chamada Poranga, ia diariamente apanhar caça para Itanhantã - mas ele não dava a mínima atenção a ela! Todos os dias, Poranga subia na pedra da gruta e cantava, esperando Itanhantã chegar, pescar, caçar e descansar. E todos os dias suas lágrimas caíam na pedra.
O canto e o choro de Poranga não amoleceram o coração de Itanhantã, mas suas lágrimas conseguiram abrir um buraco na pedra até que, certo dia, caíram sobre os olhos do caçador adormecido.Ele se assustou e saiu correndo para a sua ubá, quando avistou Poranga e disse: "Cunhã-Porã", que quer dizer "moça linda".
No dia seguinte, ao voltar ao seu local de descanso, Itanhantã prestou atenção na linda voz da indiazinha e apaixonou-se por ela. Os dois foram felizes pelo resto de suas vidas. E as lágrimas de Poranga se transformaram na fonte de água que existe até hoje na Gruta dos Amores.
Dizem que quem quiser encontrar um amor para a vida inteira, basta tomar, junto com a pessoa amada, uma gota da água da fonte da Gruta dos Amores. Que tal tentar?

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